10.12.08

história de Antônio

No dia em que Doralice me deixou, caiu da alça de sua bolsa uma fita do Nosso Senhor do Bonfim.
A vermelha.
Eu peguei. Guardei, chorei e andei com ela.
Até que resolvi amarrar no pulso pra selar o pedido de que ela voltasse pra mim.

Amanhã completa o décimo oitavo mês em que carrego essa fita comigo.
É como se meu pulso sangrasse.


Mas, Doralice, eu bem que lhe disse... amar é tolice, é bobagem, ilusão.


19.11.08

cqd

todos os indícios do romance existem...
são as fotos, sempre expostas.
o cheiro sempre sentido.
e a pele. o gosto. o tato. sempre nela.
a música que sempre toca
e todos os carros brancos passando.
os rumores. as notícias. os desejos.
e os abraços... ah, os abraços...
tem o lençol enlorando os dois mesmo que nem estejam juntos.
as comidas. e as comidas. e os amores.
os sabores.
são todos os indícios do romance...
com cor, som, textura, língua.
e tudo mais que há de ser.
e é assim que se comprova.
é romance. amor. tá perdido.
é pra sempre.
até quando durar ou daqui a cem anos.

17.11.08

did you?

I never did a single thing that did a single thing
To change the ugly ways of the world...



(Dave Matthew's Band)

5.11.08

the days of my life

Apesar da Lucy não ter me indicado pra esse meme, vou fazer assim meeessssmo.

Estou postando subversivamente da Newland, logo, não tenho aqui todas as músicas do meu computador, só minha lista de preferidas que eu trouxe da casa dele.

Maasss, here we go:

Créditos iniciais: The Knife - Heartbeats.
- super animadinho já de começo...

Acordando: Dean Martin - I'm so lonesome I could cry
- nossasenhora. que merda de dia que eu vou ter, acordando com essa música?

Primeiro dia de aula: Mombojó - duas cores
- éam... combina...

Se apaixonando: Peter, Bjorn and John - It beats me everytime
- tudo bem que a paixão sempre me arrebata (mentira, eu sei...), mas tem trechos que não combinam... tipo: "cause I know what you've done for me, what you have done for me maybe it's nothing". ^o)

Música da briga: Beck - everybody's gotta learn sometime
- meu sooooonho é briga com essa música ao fundo. e sofrer com ela ao fundo depois.

Terminando tudo: Peter, Bjorn and John - Young folks
- "if I told you things I did before. told you how I used to be. would you go along with some one like me?". pelo visto não, né?

Aproveitando a vida: Nouvelle Vague - I melt with you
- "making love to you was never second best. (...) I'll stop the world and melt with you". tudo bem que eu imaginava essa música pra aproveitar coisas bem específicas (barrasei). maass não deixa de estar incluído, né?

Formatura: Cinerama - ears
- definitivamente não.

Caindo aos pedaços: Stereophonics - Maybe tomorrow
- eu realmente já cai aos pedaços com ela.

Dirigindo: Geraldo Azevedo - Dia branco
- só se for dirigindo na chuva e chorando.

Flashback: Foo Fighters - The pretender.
- nop

Reatando o namoro: Michael Cera and Elle Page - Anyone else but you
- ooooown. super reato.

Casamento: Sparklehorse - Eyepennies
- mas não, hein?

A véspera da guerra: Morphine - All your way
- all your way meeesssmo.

Batalha final: The Beatles - Oh! Darling
- imagina bem aí... tsc tsc.

Momento de triunfo: Red Hot Chili Peppers - porcelain
- que triunfo, hein?

Cena da morte: Foo Fighters - walking after you
- ah... é pra chorar mesmo...

Créditos finais: Sparklehorse - it's not so hard
hm... tá... pra dizer que a vida não é tão difícil.




Mas com essa trilha, acho que não vai ser um filme assim tão bom....

3.11.08

=/

Eu não gosto quando as coisas complicam. Não gosto.
Meu dia fica mais quente, minha cabeça dói. Eu esqueço os recados no trabalho, esqueço os afazeres, os nomes dos clientes.
Eu choro de manhã e engasgo o choro o resto do dia.
Demoro a dormir, a noite fica mais escura e o sono não é suficiente.
O banho não passa o calor.
A música não sossega o coração.
A maquiagem fica mais borrada.
O primeiro gole de Nescau já enche.
E tudo fica assim: exagerado.

Passo o dia lembrando e pensando e dá vontade de pedir pro tempo passar logo...
Porque o abraço faz mais falta em dias assim.
Ainda bem que esses dias são poucos.

E por mim eles nem se repetiriam...

2.11.08

'cause...

I'm on again...
And off again.




lacônica.

27.10.08

closer

O certo é que
tendo cada coisa uma velocidade
cada coisa se afasta
desigualmente
de sua possível eternidade...

(adaptado de Poema Sujo, de Gullar)





tá chegando...

21.10.08

tu... tu... tu...

.
.
.
Sinto um nada ecoando na minha cabeça
.
.
.

\o/

foi só pedir aqui que eu arranjei um emprego.

New Land, Maria Clara, bom dia...




Mas a monografia tá parada ainda...
barradie

9.10.08

I don't want yooou... but I neeeed you...

são 20 horas e 11 minutos e, depois de pirar brincando de tocar you really got a hold on me e passear por todos os blogs e flogs, constatando que não há nenhuma atualização, só me resta voltar às indicações literárias da minha orientadora.

não que eu ache isso ruim... na verdade, eu tô suuuuper pirando pra analisar show de truman, relacionando-os com as teorias críticas, hipodérmicas e as agendas-settings da vida (faço esse plural assim mesmo?).

sugestões são bem-vindas. basta clicar no link para comentários logo abaixo.

propostas de emprego também são bem-vindas. solicite meu currículo informando seu email no mesmo link.

tenham uma boa noite e obrigada :D

4.10.08

segunda

Pode ser até do corpo se entregar mais tarde
Parece simples mas a gente às vezes é
E o amor é lindo deixo
Tudo que quiser eu não me queixo em ser
Acho normal ver a vida feito faz o mar num grão de areia


...


(Marcelo Camelo)

26.9.08

such a shame (oou... meme do rafa)

1. Mallu Magalhães.
éam... to-das as músicas dela me envergonham. ela me envergonha. mas eu gosto =x
gosto de J1, tchubaruba, get to denmark e da que ela gravou com o camelo no álbum novo dele.
comoassim até o marcelo camelo paga pau pra ela?

2. Shakira.
é pra confessar, não é?
eu me acaaabo no acústico mtv da shakira.
o que já me foi motivo de muitos comentários depreciativos no last.fm.

3. É o tchan.
não é assim que eu ooouça.
mas ele ouve, me mandou umas músicas...
e super bate aquela vibe nostalgia. e eu canto junto. prontofalei.

4. Metallica.
não é que eu me envergoooonhe de ouvir metallica.
mas é que todo mundo sabe que minhas músicas são viadinhas demais pro metallica ter entrado no meu top 50.
e fica parecendo que é só por causa dele.

5. Hurra Torpedo.
pô, 'cê já ouviu?
é MUITO tosco.
mas o que eu posso fazer se a versão da brit e de total eclipse of the heart realmente ficaram legais.

6. Britney Spears.
(quase) todo mundo se envergonha, mas (quase) todo mundo ouve.
falaverdade.
sometimes super embalou minha adolescência e baby one more time foi até gravado por Travis.

7. Lily Allen.
culpa do Rigoberto.
um dia ele chegou pra mim: ouve aí, é legal...
e primeiro eu fiquei: é uma droga.
mas depois que acostuma... é animadinha, caran.
eu adorava faxinar o quarto dançando com at fiiiirrrst when I see you cryyy... =x

8. Scarlett Johansson.
eu me envergonho porque ela nasceu só pra ser bonita mesmo.
ela canta mal pracarai.
mas eu gosto. =x
e ouvi 65 vezes as músicas do cd dela (no last.fm, porque eu super bombava no banco, mas não tinha scrobble).

9. U2.
me envergonho porque realmente acho bobo.
mas que culpa eu tenho se all I want is you toca meu coração?
nhá.

10. Oasis.
tá, não é a maior vergonha do mundo ouvir oasis.
mas é que hoje em dia as pessoas que gostam são super recrimidadas, tá? afastadas do mundinho indiecultmeuzovo.
e eu sou daquelas que tem todos os cds, sabe todas as músicas e se sente com 15 anos quando encontra um cover num bar sujo qualquer (leia-se: Boemia - pra quem conhece).


that's all, folks.

22.9.08

cotidiano

eu sinto meu estômago embrulhado e dor de cabeça e meu coração apertado-a-ponto-de-explodir.
eu sinto vontade de não dormir. de chorar. de ir pro meu abrigo.
de correr. de acordar. de não ser.

eu sinto...
eu sinto muito.

15.9.08

nos últimos seis meses...

a banda que eu mais ouvi foi beatles.
o que eu mais assisti foi friends.
o que eu mais comi foi pizza.
e o que mais bebi foi nescau.
o melhor doce foi nutella.
e o melhor cochilo foi matrix.
a melhor conversa eu nem sei...
e o melhor riso eu posso ver.
o mais distante foi PII.
o mais perto são os bons-dias.
a saudade fica pras fugas de 6 da manhã.
e o desejo é sempre o próximo abraço.

30.8.08

algumas letrinhas...

De tudo que eu já pensei. De tudo que eu já senti. isso nunca passou pela minha cabeça.
Nunca.
Eu imaginava os netos e os colos e afagos, em tempos distantes. E a velhice.
Eu me imaginava indo pra fora e voltando e tudo bem.
E mesmo com tudo isso e aquilo, eu não imaginava tanta coisa.
Eu nem imaginava.

25.8.08

these days...

I've been out walking
I don't do too much talking
These days, these days
These days I seem to think a lot
About the things that I forgot to do
And all the times I had the chance to.
(...)
And if I seem to be afraid
To live the life that I have made in song
It's just that I've been losing so long.

(Nico)

19.8.08

sobre o tempo que passou

tem coisas que você para e se pergunta: quando começou?

quando eu deixei que todas as minhas coisas acumulassem na frente do computador a ponto d'eu não ver mais o monitor?
quando a tv parou de funcionar e o ventilador passou a soprar um vento quente?
quanto tempo o violão passou desafinado? a ponto d'eu me acostumar com o som...
quantos dias sem nescau?
quanto tempo sem te ver?
quantos quilos a menos?
quanto dessabor ainda por vir?

até quando sem você aqui?

23.7.08

não adianta.

Não adianta nem me abandonar
Porque mistério sempre há de pintar por aí
Pessoas até muito mais vão lhe amar
Até muito mais difíceis que eu pra você

(Esotérico - Doces Bárbaros)

so long.

mãe, cansei. tô saindo.
tem um samba no meu peito que toca e ritma o batuque do meu coração, me mandando correr que o mundo é grande e não adianta ficar sentada aqui.
não, mãe, ninguém vai me acompanhar. nem você. nem ele. vou deixar vocês aí até minha volta, que não demora.
pode ser que dure uma música, um show, uma década. mas uma década bem rápida, você vai ver.
é que eu preciso procurar novos pássaros, que os na minha parede não cantam mais.
e eu preciso procurar sozinha.

15.7.08

Rob Fleming quotes

"What came first, the music or the misery? People worry about kids playing with guns, or watching violent videos, that some sort of culture of violence will take them over. Nobody worries about kids listening to thousands, literally thousands of songs about heartbreak, rejection, pain, misery and loss. Did I listen to pop music because I was miserable? Or was I miserable because I listened to pop music?"

12.7.08

...

1
2
3

eu conto até 3 e tudo volta pro lugar certo.



é?

2.7.08

as cores de Joana

era um dia de sol quando, de cabelos soltos e pés descalços, Joana correu até a porta de entrada, parou... e a intenção era respirar fundo, mas esse ar não veio. só conseguiu um leve suspiro que ela não soube se era de angústia ou de alívio.
mas a porta de madeira desgastada estava a sua frente e tudo que ela precisava era coragem pra enconstrar a mão na maçaneta enferrujada e deixar que seus olhos percorressem a casa até encontrar com os dele, na penumbra.
porque foi assim que ela imaginou...
todos esse anos, quando ele dizia "estou chegando", ela imaginou exatamente assim: correria de volta pra casa no final da rua e, quando seus olhares se encontrassem, todo o resto estaria dito.
mas agora, ali, parada, era mais que isso.
não era só a chegada dele. era também a volta dela. Joana não sabia se queria isso. se queria voltar aos dias em que seu coração batia apertado, limitado à distância de um quarteirão.
depois que ele se foi, o coração de Joana ganhou quilômetros. ela até encontrou o sótão colorido dentro de sua própria casa e a brisa da manhã agora refrescava como nunca.
ainda assim, o impulso de vê-lo era maior que a vontade de dar as costas e entrega-se às cores que ela havia encontrado.
então, após os dez mais longos segundos de ponderação já passados por Joana, ela abriu a porta e, enquanto escutava o rangido, seus olhos passavam por cada detalhe da casa que parecia a mesma de cinco anos atrás, com todos os seus tons de cinza devidamente conservados.
e Joana se deu conta de que ele não estava ali. não se sabe se a pouca iluminação que não permitiu que o visse ou se ele apenas preferiu não mostrar-se, mas é fato que o tão esperado encontro de olhares não ocorreu.
e Joana respirou fundo, com todo o ar que não veio quando ela chegou naquela porta. parecia o mesmo ar das brisas matinais no seu sótão. o mesmo ar que vinha deixando-a leve a bastante tempo.
era um ar de alívio. um ar de quem não precisava mais dos tons de cinza da casa da esquina.
então Joana fechou a porta e caminhou um quarteirão de volta.

canoas e marolas

"Pois estava enfastiado de viver tatuando-me de gestos para neles inscrever sei lá que quantidade de significados".

(João Gilberto Noll)

4.6.08

último mês

talvez eu sinta falta de encostar num terminal ouvindo o mp3 player enquanto espero os 15 minutos restantes antes de ir embora. talvez sinta falta de observar a movimentação na avenida através do vidro, porque dessa forma tem um brilho diferente. certamente sentirei falta de algumas conversas e até de alguns empurrões.

cheiro de banco é algo bem peculiar. as pessoas fedem e isso não indica quanto elas tem na conta. eu acredito mesmo que não existem pessoas que fedem daquela forma de verdade. eu quase posso ver o odor saindo do corpo delas a partir do momento em que elas abrem a porta do banco e parando quando elas saem de volta pra rua. é só porque faz parte do procedimento bancário atender pessoas fedorentas. e essa é minha função: atender.

alívio vai ser não ouvir mais que devo oferecer empréstimo para os aposentados. ou ver a porta giratória travar uma pessoa só porque ela não tem uma conta milionária pra movimentar.

claro que nada disso me tira a alegria de chegar no Pão de Açúcar e pegar Baconzitos de graça pra ele comer com ketchup. posso até falar timidamente que vê-lo sentado feito criança, comendo porcaria, me faz sentir bem melhor que quando eu consulto meu saldo, no quinto dia útil do mês.

28.5.08

four days a week

Pedro II continua sendo aquele lugar mágico.
E agora eu queria mesmo era voltar pra lá.

10.5.08

I'll be your mirror

in case you don't know,
I'll be the wind, the rain and the sunset.

'cause when you think the night has seen your mind
- that inside you're twisted and unkind -
let me stand to show that you are blind...


please put down your hands. 'cause I see you.



... http://youtube.com/watch?v=CvoWf1HPFYM ...

4.5.08

rua, espada nua...

teve um dia que Luiza sentou e me contou várias coisas...
ela me falou do tempo que tava curto e azul e da quietude do seu coração.
foi nesse dia que ela me disse pra ter calma, que não há eternidade nos ventos.
e me disse também que correr descalço machuca os pés, mas a terra entre os dedos te faz sentir. e sentir importa bem mais.
foi então que eu, sempre de chinelos, resolvi descalçar.
e - que surpresa - descansei.

bleh

chega a ser falta de consciência e de direito você chegar assim digitando mais de 300 caracteres por minuto.
e contando menos de 3 meses pra 20 dias.

defina saudade.
porque eu já não sei mais...

23.4.08

assim

Qual a dificuldade, Gabriela?
Qual a dificuldade de sentar no batente, com o queixo nas mãos, e pensar que o sol não ardeu ainda o suficiente no rosto?
Qual a dificuldade das poças d’agua e dos vinis arranhados?
Que que acontece pro lilás sair só porque uma palavra foi colocada errada? – ou seis, ou vinte e três palavras...

Elas são pequenas, Gabriela.
Todas pequenas pros seus passos largos...

E é assim que ainda vai ser depois de amanhã.

6.4.08

"pé de cachimbo"

Eu adoro as tardes saudáveis de comer chocolate e tomar coca-cola na frente do computador.
Só quando a gente começa a correr é que valoriza ficar parado.
Prestar atenção na letra de uma música... Ver besteiras no youtube, passar horas pintando, abraçar no friozinho da chuva...
Quando você quer esticar os segundos do fim de semana e respirar fundo, pertinho.

Pena que amanhã é segunda.

31.3.08

pocket

Pode-se dizer que o livro é o objeto mais reservado.
Ele fica sempre quieto no alto da estante. Pegando poeira, quem sabe...
Ele não pede leitura, mesmo sendo um livro.
Mas às vezes pode alguém perceber que ele está ali... E resolver folheá-lo ou até mesmo lê-lo por completo. Não quer dizer que vá entendê-lo.
Quem sabe também, alguma vez, dê um vento que chegue ao alto da estante e faça o livro se abrir... Faça suas páginas dançarem e as notinhas guardadas nele (de algum tempo remoto de leitura) se perderem.

Ventos vêm e vão assim mesmo...

28.3.08

dreamers..

essa semana sonhei que meu ex-professor de fotografia tinha um programa de tv.
no programa, ele entrevistava o carlos alberto de nóbrega.
porque o teto da casa do carlos alberto era todo de cartoon.
ele ia conversar sobre isso e o carlos alberto explicava que tinha pago 6 reais pelos quadrinhos maiores.
além disso, as paredes da casa do carlos alberto eram roxas, com detalhes roxos (tipo abajur, criado-mudo). e eu ficava pensando que isso era muito sem propósito... porque sendo os detalhes da mesma cor da parede, nem dava pra ver direito...

aí eu acordei...

como assim, bial?


23.3.08

oooh life... is bigger

Então…
De que adianta a gente vir aqui e falar todas as coisas?
Se depois você vai mesmo bater a porta e eu nem vou mais te ver.
Se é tudo tão incerto que fica escuro mesmo com o sol a pino.
Se meu coração agora se sente abafado, batendo contido.

Não é que eu queria desespero.
Eu não desejo mais aquelas manhãs onde cada flor cor-de-rosa tinha um tom dado por nós.
Onde procurávamos as constelações ainda longe de aparecerem...

Não quero que você me venha com bombons ou meias coloridas.

Eu só quero...
Quero mesmo uma porta batida.
Um olhar pela fechadura.
E um abraço antes disso.

16.3.08

mornington crescent

The possibilities suggest themselves to me.





I’m feeling free.


belle and sebastian.



15.3.08

sobre clichês e afins

rótulos, pré-conceitos, etc.
eu odeio muito tudo isso...

o que faz uma pessoa olhar pra você e te taxar disso ou aquilo?
a pessoa sai do nada, te observa 10 minutos e já acha que te entende.
é preciso bem mais do que isso pra "sacar" uma pessoa.

é difícil entender de gente...
gente é complicado.
gente se esconde, se mostra aos poucos.
gente pode ser de um jeito mais solto em uns ambinetes e mais contido em outros.
gente varia o humor e a disponibilidade. varia piada, palavras, expressões.

e os tais rótulos são facilmente espalhados...
de repente, de tanto todo mundo dizer que você é de um jeito, você começa até a se questionar... "por que eu sou assim mesmo?".
começa a querer mudar algo que você nem é... só porque outras pessoas te convenceram disso.
e, quem sabe, nesse processo você acabe realmente virando o que os outros dizem...
porque fica tão impressionado... que se deixa influenciar mesmo.
vira uma mistura só: o que você é, o que pensam que você é, o que você quer que pensem que você é e o que você não quer que pensem...

eu sei que é nessa hora que alguém cita o maior clichê dos livros de auto-ajuda: seja você.
e é mais ou menos isso mesmo...
mas é que é tão difícil a arte de se encontrar.



Vai sempre ter alguém
Com mais dinheiro, mais respeito
Mais ou menos tudo o que se pode ter
Vai sempre sobrar, faltar
Alguma coisa, somos imperfeitos
E o que falta cega p'ro que já se tem

Eu não te completo
Você não me basta
Mas é lindo o gesto de se oferecer
O que eu quero nem sempre eu preciso
Mas dê um sorriso quando me entender

Seja você
Seja só você

(Seja Você - Paralamas)

9.3.08

...

sabe aquelas velhas chatas a quem não se deve perguntar "como vai?"

Clementine, The Tangerine diz:
tô bem
Clementine, The Tangerine diz:
meio chateada por ter mudado todos os meus horários e começar num emprego chato por precisar da grana
Clementine, The Tangerine diz:
mas fora isso e outras coisas, tudo bem
Clementine, The Tangerine diz:
e tu?


sou eu.
e vou voltar a ser gente grande agora.

4.3.08

challenge

Depois de olhar uma lista de 100 momentos do cinema, eu e rafa:

Tangerine diz:

e escolher 10 também é difícil

Tangerine diz:

10 momentos aleatórios na minha lembrança, porém importantes, pode ser

Tangerine diz:

kkkkkkkkkk

Tangerine diz:

bora fazer um post assim?


(...)


[bitch, you don't have a future] diz:

bora fazer por aqui?

Tangerine diz:

eita

Tangerine diz:

mas eu tenho que pensar

Tangerine diz:

hahahaha

Tangerine diz:

certo

Tangerine diz:

eu começo?

[bitch, you don't have a future] diz:

claro

[bitch, you don't have a future] diz:

woman's first


e o resultado, foi:

minha lista:

1. brilho eterno. a cena em que o joel tá dirigindo e toca everybodys gotta learn sometime.
2. sweeney todd. o sangue espinando quando ele corta a garganta do povo.
3. juno. a cena em que eles tão deitados juntos.
4. hora de voltar. a cena da chuva.
5. batutinhas. a cena da briga do alfalfa e do outro, que eu nem lembro o nome agora. quando eles vão caminhando tristes e a cena divide em dois.
6. requiem. o braço daquele cara. ele injetando no braço.
7. alta fidelidade. o rob fleming organizando os discos.
8. o iluminado. sem ser a versão do kubrick. a cena da mulher na banheira.
9. amelie. a cena do copo d'agua.
10. para sempre cinderella. aquilo que ele fala sobre almas gêmeas, cara-metade, etc.


lista do rafa:

1. juno. quando o paulie abre a caixa do correio e caem os tic tacs.
2. kill bill. quando a noiva olha pra elle driver, depois de saber que ela matou o pai mei e diz: bitch, you don't have a future.
3. embriagado de amor. quando eles estão na cama e começam a declarar frases sem sentido... mas de paixão. do tipo: seus olhos são tão lindos que tenho vontade de chupá-los ou seu rosto é tão lindo que tenho vontade de esmagá-lo com um martelo.
4. erin brockovich. a cena em que ela diz aos advogados da empresa que a água está contaminada e quando uma das advogadas bebe a água ela diz que foi trazida do local contaminado e a mulher enguia.
5. rei leão. timão cantando 'the lion sleeps tonight'.
6. closer. a briga inteira do clive owen e da julia roberts.
7. prisioneiro de azkaban. quando o harry está indo embora da casa dos tios e o tio valter diz que ele não tem pra onde ir, e ele diz em sotaque britânico: i dont care. anywhere is better than here.
8. fight club. quando o brad dita as regras.
9. laranja mecânica. singing in the rain.
10. cidade de deus. a morte do cabeleira, acompanhada de cartola.

3.3.08

why does it always rain on me?

era uma bela quinta-feira ensolarada quando acordei e resolvi ir um pouco mais arrumada pra faculdade. nada que signifique trocar meu tênis por um salto mas, ao abrir o guarda-roupa pra me arrumar, me dirigi pra divisão das roupas mais legais e não pra dos lixos que eu costumo vestir na faculdade.
vale ressaltar que eu acordo meio-dia, estudo à tarde e moro em teresina, ou seja: era realmente uma quinta-feira ensolarada.
então tomei banho, peguei minha roupa legal, escovei a franja (!) e sai...
no meio do caminho já começou a chuviscar e, quando eu cheguei no ceut, a maior nuvem do mundo com certeza pairava sob a minha cabeça, porque foi a chuva mais forte que eu já peguei na rua.
claro, eu não tinha guarda-chuva. mas de qualquer forma tudo que eu tinha que caminhar era uma calçada, já que minha mãe parou o carro na porta da faculdade. mesmo assim, foi suficiente pr'eu entrar na sala ensopada.
a barra da minha calça era nojo só... parecia ter arrastado toda a lama. meu cabelo tava estilo recém-saído-do-banho, minha blusa passou de cinza-claro para cinza-escuro e eu tive que espalhar minhas coisas: caderno numa carteira, pasta na outra e o dvd que eu levei na outra; porque se juntasse os três na carteira que eu tava, seria um rio escoando em cima de mim.
todo o meu glamour e bem-estar foram literalmente por água abaixo. e nem vou me desculpar pelo trocadilho.

que que eu pude entender disso?
eu realmente não devo me arrumar.
principalmente se for pra ir pra aula.
¬¬

26.2.08

conselho e café

Hoje eu ia da faculdade pro shopping com uma amiga quando tocou uma música bem antiga no rádio.
Antiga que eu digo, do tempo em que levava quase um dia todo pra completar o download de uma mp3.
O mesmo tempo em que eu tive que baixar o Is This It dos Strokes música por música, depois que li que era “o novo rock”, saído do retrô. Deve ter levado uma semana pra completar...

É assim: sempre associo músicas às épocas.
There’s Nothing Left to Lose, do Foo Fighters tem som de passar madrugadas na internet. Porque assim que o álbum foi lançado, me acompanhou nisso.
Radiohead tem som do tempo em que eu me redescobri apaixonada pela mesma pessoa.
Trazer Você Até Aqui é meu segundo ano tocando.
Beatles toca um amigo e Smashing Pumpkings toca outro.

Cada música carrega tanta história que chega a ser difícil organizar.
Todas as pessoas e ambientes e emoções que elas trazem. Além, claro, da melodia, do que a letra já diz e do que você diz dela.

Mas eu tenho um conselho (e você pode tomá-lo se quiser): pegue seu cd preferido, apague a luz, deite com a cabeça pra baixo (pra fora da cama), feche os olhos e ouça.
Ouça tentando se concentrar só nesse momento, em nenhum outro pensamento.

Se acontecer de você chorar, são só os olhos cantando também.

25.2.08

back to black

depois de 12 dias, 3 formaturas (\die), alguns drinks, muitas horas de sexy and the city e um fora,
aqui estou eu.
de volta.

12.2.08

born on a different cloud

como diria a Juno, eu não sei que tipo eu sou.
só sei que eu sou do tipo que tem que decidir logo várias coisas.
e que vê as situações te cercando.
e que fica arisca com isso.

3.2.08

ends of night

Era madrugada.
Ela se acordou.
Não que fosse sono. Nem insônia. Nem algo in between.
Era só a dormência de algo. Um pensamento, talvez.
Dormência ou demência?
Sabe-se lá.
Lá onde?

Ela relembrou as perguntas.
Todas elas sem resposta...
A não ser que ela soubesse ouvir o silêncio.
O silencio dos ventos.
Dos olhares.
Das mãos dadas.
Só não faz silencio dentro da cabeça dela...
Quando tudo chacoalha e se choca.

E ninguém vai entender por trás das frases...
Não é esse o objetivo mesmo.

Ela só quer preencher os espaços com palavras.

25.1.08

Como definir imaturidade?

Não é pela quantidade de pulinhos que você dá...
Ou de besteiras que você diz, a não ser que sejam ditas na hora errada.
Não é sobre o que as pessoas vêem quando olham pra você.
Ou sobre as roupas que você usa e a sua maneira de rir.
Não é seu corte de cabelo, seu olhar... - meu avô tem o olhar mais malino que eu já vi... Docemente imaturo. E não tenho nenhuma dúvida de que ele já viveu muito mais que eu ou você.

Sua imaturidade não é determinada pela sua experiência sexual, pelas músicas que você ouve ou pelos livros que você tem.
Não é pelo seu perfil no orkut ou seu nível de contradição.
Nem pelo conteúdo do seu lixeiro.

Não é pela cor do seu quarto, nem das suas unhas.
Não é pelo som da sua voz.

E muito menos pela sua carteira de identidade. Ou certidão de nascimento.




In a world full of sky, only some want to fly.

22.1.08

one [it's the loneliest number that you'll ever do...]

da lu.
porque nada se cria...

uma hora: hora de sair.
um astro: vênus.
um móvel: pufs podem ser móveis?
um líquido: água mesmo.
uma pedra preciosa: macacita. (não é tão preciosa assim... mas... defina preciosa.)
uma árvore: flamboyant.
uma flor: flores do campo... pequeninas e coloridas.
um animal: eu sou um porquinho da índia, meow.
uma cor: lilás.
uma música: nesse instante eu tõ ouvindo could we, da cat power. e varia assim: a cada instante...
um livro: admirável mundo novo.
uma comida: bolinho de peixe =B
um lugar: qualquer lugar com um céu estrelado.
um verbo: viver.
uma expressão: qualquer expressão de riso ;)
um mês: julho.
um número: 1 (digitado aleatoriamente, de olhos fechados)
um instrumento: piano, pra ouvir. violão, pra tocar.
uma estação: eu escolho a primavera com todo seu colorido...
um filme: ah... brilho eterno =x



... two can be as bad as one. it's the loneliest number since the number one.

15.1.08

ano a ano

Na 5ª série eu fiz meu primeiro trabalho em grupo.
Lembro que era uma maquete e tinha árvores e uma luva de cirurgião que nós enchemos, como um balão.
Na apresentação, nós dançamos aquarela ao redor da maquete e eu fiquei com muita vergonha.
Não lembro qual era a matéria nem qual era o propósito dessa maquete. Mas achei muito lindo fazer árvores de esponja de lavar louça. E fiquei com vontade de fazer arquitetura.

Na 6ª série as meninas gostavam de Chiquititas. Mas eu achava os meninos mais legais e, como eles não gostavam, eu não gostava também.
Foi na 6ª série que eu comecei a estudar inglês, contra a minha vontade.

Na 7ª série eu escutava Gabriel, O Pensador. Quando a gente ia pro Memorare, eu levava o CD, mas as irmãs não deixam a gente escutar 2345678.
Eu trocava cartas com a minha melhor amiga, trocando as letras por códigos.

Na 8ª série eu tive a minha primeira paixão, que durou anos.
Eu ficava todo dia esperando na porta da minha sala ele passar, pra gente descer juntos pro intervalo. Esse era o ápice da nossa relação.

No primeiro ano eu fiquei de recuperação pela primeira vez. Química.
Também nesse ano minha paixãozinha se apaixonou por outra menina e eu era obrigada a vê-lo sendo sombra dela todos os dias.

No segundo ano eu reprovei. Ou melhor...deixei o colégio antes de fazer a recuperação, pra comprar logo. Eu achava que ia morrer por ter que deixar o Colégio das Irmãs.

O terceiro foi o pior de todos os anos, quando eu entrei no menor colégio do mundo, cheio de gente esquisita. Tinha até um menino no primeiro ano que levava uma vela pra esquentar a carne moída antes de botar no pão, na hora do intervalo.

Depois... You know...
Pré, faculdade, formatura e reticências.

7.1.08

when the deal goes down

Quando você descobre uma música nova.
Quando ele fica online.
Quando os correios entregam seu pedido,
Quando você chega na parte do meio do chocolate.
Quando vocês se olham.
Quando você acha que “é agora” e ele vai falar.
Quando seu filme preferido tá começando.
Quando você ouve “aquela música” por acaso.
Quando suas pernas estão muito cansadas.
Quando você pensa as coisas boas de antes de dormir.
Quando termina uma tela.
Quando alguém gosta de um presente.
Quando você lembra do perfume, sem querer.
Quando a pessoa querida está chegando.
Quando tem que arrumar uma festa.
Quando vai todo mundo pr’um lugar novo.
Quando tem rocambole de espinafre pro almoço.
Quando você acorda, com preguiça.
Quando ganha nos dados.
Quando tá esperando CD novo da banda.
Quando é primeiro dia de aula.
Quando é madrugada...
Quando...
Quando o coração bate diferente?

6.1.08

Eduardo e Mônica

quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?
e quem irá dizer que não existe razão?