11.12.09

continuidade

Um dia ela quis atravessar o mundo.
Desfez a trança, cortou os cabelos, encheu o peito de ar e saiu descalça meio que sem rumo.
Ninguém sabe mesmo onde a vida vai dar... Não saber o caminho agora não tem tanta importância.
Mas chegou a noite e o frio. E o peito apertou.
O que ela queria era atravessar tudo de novo e se jogar embaixo das cobertas, onde encontra aquele olhar perdido no escuro da noite, mas direcionado à ela.
Não era um dia comum. Nunca vai ser um dia comum.