20.4.10

something new

Mudei de endereço:

http://www.cokeandnet.wordpress.com/

12.1.10

lake of color

Madalena acorda todo dia com preguiça. Porque ela costuma dormir tarde. E porque o sol está brilhando demais para ela se trancar numa sala escura.
É que Madalena trabalha numa fábrica nada acolhedora, com pessoas bem mais comuns do que ela gostaria.
Lá, cada um só sabe manusear a ferramenta que lhe foi destinada. E só conversam sobre o clima, ou sobre os horários de entrar, sair e o intervalo. "Faltam 5 minutos".
Madalena faz a mesma coisa todo dia. E passa o dia séria. Ela não gosta disso. Queria sorrisos e cores. Madalena precisa de criatividade.
Por isso ela até vai trabalhar levando seus tons mais vibrantes, numa tentativa de gerar alegria.
Mas é tudo em vão.
A fábrica já secou. Não há mais nada que possa ser feito.

5.1.10

primeiros dias de 2010

Não sei se é porque tudo passa, mas não vejo mais Natal, fim e começo de ano daquela forma especial e saudosista de antes.
Ainda é um momento agradável, claro. Talvez pela chuva, que começa a cair nesse período. Talvez pelas viagens, pelos presentes e pelas festas diferenciadas.

Mas... Ainda faço meus planos. Ou penso nos desejos, não sei. E ano novo sempre brota esperança no coração. Um inevitável e bom clichê...

Pra esse ano eu espero quase o mesmo de sempre: felicidade, paz, calmaria. Ventos leves, folhas verdes, colorido por onde andar. E caminhos sempre... Em direção ao que quisermos.

Que 2010 nos abrace com amor.

11.12.09

continuidade

Um dia ela quis atravessar o mundo.
Desfez a trança, cortou os cabelos, encheu o peito de ar e saiu descalça meio que sem rumo.
Ninguém sabe mesmo onde a vida vai dar... Não saber o caminho agora não tem tanta importância.
Mas chegou a noite e o frio. E o peito apertou.
O que ela queria era atravessar tudo de novo e se jogar embaixo das cobertas, onde encontra aquele olhar perdido no escuro da noite, mas direcionado à ela.
Não era um dia comum. Nunca vai ser um dia comum.

30.11.09

incompetência

Quando ele me aconselhou a te chamar pra ir buscar uma água comigo, como dica, talvez nesse momento eu devesse tê-lo dito que quando eu o chamei pra buscar minha água era exatamente isso que eu queria: dá-lo uma dica. E ele não entendeu.
O tempo todo eu fico querendo que ele entenda e perceba e me beije. É o que eu quero quando lhe peço minha água. É o que quero quando lhe olho. Quando lhe mando mensagem, quando fico parada do lado dele e até mesmo quando estou em casa, longe.
E ele não percebe, ainda que eu lhe peça um litro d’agua.

Mas ele acha que com você vai funcionar. E eu não vou tentar pra saber.




Palavras antigas, esquecidas pelo computador.
Mas gostei delas.

23.11.09

90

Eu implicava, é verdade. Mas gostava de muita coisa também.
Gostava dos chinelos pesados e da camisa aberta arrastando pela casa.
Do silêncio do almoço, do sono fácil e difícil de perder.
Gostava do humor, da sinceridade, do bom coração. Do prato cheio. Do jeito.
Toda pessoa é singular, mas alguns são bem mais singulares que outros.
E ele misturava a falta de plural com o ímpar, resultando numa figura que nunca vai ter igual.
E de profunda importância.
Não era meu maior apego e nem meu maior zelo, mas faz parte de mim e me fez quem sou também.

13.11.09

momento saudosista no meio da tarde

no chat da turma (oh sempre turma), falando pra ana sobre os tempos da faculdade:


acho que, de saídas, as que mais me marcaram foram churú e circulador.
esporadicamente um trilhos.

se bem que tudo marcou:
a festa de ano novo
as saídas com os meninos
as reuniões na casa de alguém
os sushis depois da aula (quando eu ainda nem gostava e quando comecei a gostar)
as poucas idas ao mamãe
as muitas conversas antes, durante e depois da aula
as cocas divididas
os bombons divididos
esperar a paula chegar...

vou parar, meu olho tá lacrimejando e eu tô no trabalho.