30.6.07

Eu lembro exatamente do dia que eu resolvi fazer o primeiro blog... O extinto “o relicário”.
Tava lá no laboratório de informática do CEUT com a
Ana, olhando o dela (o também extindo “wonder-woman”), quando resolvi criar o meu.
A
Ana quem me ajudou... Na mesma hora a gente abriu o blogspot e fez meu blog, com aquele layout rosinho, clássico do blogspot.
Eu não entendia nada dessas coisas ainda...
Não sabia o que era
html, nem por links, nem favoritar pessoas... Nada mesmo...
Mas fui aprendendo.
No começo eu gostava de preparar os posts... Não era como hoje em dia, que eu sento na frente do computador e posto qualquer porcaria, de acordo com a minha vontade...
Na época eu tentava escrever, no mínimo, dia sim, dia não. E tentava escrever textos mesmo... Tipo crônicas.
Eu gostava de ir lá pro quintal, ficar sentada no Landau (carro do vovô), à noite, olhando pro céu... Eu passava bastante tempo fazendo isso. E pensando no que escrever. Hábitos perdidos.
Mas acho que foi nisso de blog que eu me encontrei, sabe? Nas palavras...
Partiu da prática do blog o que eu sou, o que eu quero ser, minha maior identificação.

Pra você ver... As coisas às vezes realmente começam de algo despretensioso.
Eu ia mandar um cartão...
Mas acho tão sem criatividade.
Então pensei em escrever uma carta.
Mais uma...
Ia falar...
Que agora eu fujo de você?
Hum... Não.
Do quanto eu chorei quando você começou a namorar?
Não mesmo.
Que eu não acredito mais no amor?
Nop.
Que agora eu evito todos os filmes que vimos juntos e todas as músicas que me lembram você?
Não.
Que eu odeeeeeeio sua foto aparecendo na minha home do orkut?
Não.
Hum... então talvez eu escreva...
Que passei dias pensando em outra pessoa e que até deixei de pensar em você nesses dias...?
Também não.
Que eu passei de período?
Grande coisa.
Que eu fui numa entrevista de emprego?
Que diferença isso vai fazer na sua vida....?
Dos meus planos pros próximos meses?
Até parece que isso te interessa...
Ok.
É só mais uma data...
Você nem vai perceber que esse ano eu não mandei nada.

26.6.07



Eu preciso andar

Um caminho só

Vou buscar alguém

Que eu nem sei quem sou...


(Primeiro Andar - Los Hermanos)

25.6.07

Eu sou bem racional, sabe?
Eu já gostei e agi por impulso e todas essas coisas... e nunca deu certo.
E eu fui teorizando tudo...
Tenho várias teorias que na prática devem ser inúteis, mas as elaboro assim mesmo.

Uma delas defende que não existe isso de gostar de verdade.
É um passo-a-passo:

1. Você se considera capaz de gostar da pessoa.
2. Você acha que está gostando da pessoa.
3. Você acredita gostar da pessoa.
4. Você se diz apaixonado.
5. Você começa a pensar que está virando amor.
6. Você se pergunta se isso é amor.
7. Você acredita que está amando ou descobre que era tudo ilusão.

Tu-do psicológico.

E isso pode acontecer com qualquer um...
Não é porque era aquela pessoa.
O que determina mesmo é a sua disponibilidade...

=P

21.6.07

Sabe... Eu sempre achei que existia uma linha muito tênue entre a imaginação e a vida real... Porque eu sempre fui capaz de imaginar coisas e agir como se elas existissem... Como a minha vontade de estudar, meu pai imaginário, minha preferência por suco de beterraba ou minha eterna paixão por um certo rapaz...

Eu era CDF porque acreditava ser, não porque realmente gostasse de ficar sentada horas estudando... Talvez eu só não tivesse muito o que fazer... Sei que aos 14 anos, fora ver malhação, mtv, friends e dawson’s creek, eu não fazia muita coisa... Era aquela vidinha de colégio, aula de inglês e pronto. Tanto é que no ano seguinte, quando eu ganhei um computador, passei a dedicar bem menos tempo aos estudos... E a prova maior de que eu nunca gostei de fato de estudar, é que eu fiz publicidade.

Eu tomava suco de beterraba porque achava bonita a cor... E achava bonito a vovó fazendo... E ela ainda misturava com suco de laranja, que é meu preferido, de forma que dava pra engolir... E eu saia dizendo que adorava suco de beterraba... Na verdade eu gostava mesmo do ritual e da cara que as pessoas faziam quando eu dizia que adorava suco de beterraba. Só não era mais divertido do que quando eu dizia que meu pai tinha morrido... Isso, inclusive, eu ainda faço... E tenho sorte do blog não ser muito lido, ou eu perderia a chance de continuar me divertindo com as pessoas...

Na verdade eu tenho o que a sociedade chama de pai, que foi aquele cujo espermatozóide fecundou o óvulo da minha mãe e etc... Esse eu não sei nem onde anda, nem sei se reconheço... Porque só conheço por fotos de quando eu era bebê... E é dele que eu falo quando respondo que está morto a quem me pergunta pelo meu pai. É muito divertido ver a expressão de pena das pessoas...

Fora esse, tem o que eu considero meu pai, que é um tio que mora em São Paulo... E tem o meu padrinho, irmão da minha mãe, que foi quem eu chamei de pai quase a vida toda, pra fingir que eu tinha um quando eu era criança e queria que meus coleguinhas pensassem que eu levava uma vida normal... Ele nunca teve autoridade comigo, porque eu nunca deixei... Essa não era a função dele... A função dele era ser meu pai imaginário, ir comigo nas reuniões da escola e me permitir usar seu nome nas minhas aulas de redação. Ponto. Mas aí chegou a adolescência, eu não precisei mais disso e ele deixou de ser meu pai pra ser só mais um familiar enfadonho, dos quais eu fujo.

De relacionamentos eu também sempre fugi... Mas aí tem esse rapaz... E eu sempre achei tão bonito gostar dele... Quando a gente se conheceu ele gostava de outra e tinha toda aquela coisa do ele-só-tem-olhos-para-ela... Até que um dia ele me viu e quis alguma coisa comigo e nós finalmente ficamos e poderíamos até namorar e... Ops... Claro que eu não deixei que a gente namorasse. Com o namoro, nossa linda historinha ia cair na rotina e perder toda a mágica... Tratei logo de me afastar dele... E os anos se passaram, ele ficou longe, a gente se encontrava às vezes e... Tudo começou a ficar bem parecido com De Repente É Amor... Bem parecido na minha mente condicionada, né? Porque às vezes parece bem que eu criei toda uma história e contei pras pessoas, de forma que a maioria delas realmente acredita e vê sentido... Mas nem eu mesma sei o que é verdade...

Talvez eu só imagine que gosto dele... Mas talvez eu realmente goste de suco de beterraba, ou de estudar. Nem sei bem se esse texto é uma grande invenção... Como eu disse: é a tal linha tênue... Você nunca sabe...
eu sou do tipo de gente que dá muito, mas muuuuito valor mesmo pros seus cds originais.
eu encapo com papel contact os preferidos...
e se alguém me pede emprestado, eu gravo e dou pra pessoa de presente, só pra não emprestar...
e tenho todo o cuidado do mundo mesmo.
separo em ordem cronológica (de lançamentos dos álbuns) e em ordem de preferência (primeiro as bandas/cantores/whatever que eu gosto mais).
se alguém pega neles, eu fico de olho... pra ver se a mão tá limpa, pra ver se a pessoa não vai arranhar a caixinha ou abrir o encarte de forma errada ou guardá-lo de forma errada...
eu sei que eu sou doente.
mas eu gosto deles mesmo...
e hoje eu perdi dois. dois!
o segundo do franz ferdinand e o primeiro do scissor sisters.
eu coloquei os dois dentro do case, junto com aqueles que eu gravo só de frescura e levei pra rua...
entrei no carro com o case, desci no batataz, comi, voltei... e quando cheguei em casa e procurei... nada!
a danielle (que não é a dane) ainda voltou lá e procurou na calçada, mas não achou...
eles não estão entre os que eu encapei, mas estão entre meus preferidos... de forma que eu aprendi a nunca mais andar com meus cds originais por aí.
se antes eu já era freak, agora você não imagina como eu vou ficar...

e, por favor... não fale comigo... que hoje eu estou triste.

20.6.07

O que vai melhorar?

Melhorar?
Como assim?
Quando?

Talvez se parasse de rondar esse buraco.
Se talvez fizesse planos.
Traçasse metas.
As cumprisse.

Talvez se lembrasse de olhar a janela bem atrás de você.
Se ouvisse mais o barulho do ventilador.
Os ruídos.
Os pássaros.

Se talvez tivesse menos livros acumulados.
Menos lugares pra ir.
Menos tempo na internet.

Ele agora tem outros olhos...
Ela sempre os teve...
E nada vai melhorar.

...

18.6.07

sabe quando até sua caneca com coca-cola tem o cheiro daquela pessoa...?


Oh I do believe
In all the things you say
What comes is better than what came before
And you'd better come come, come come to me
Better come come, come come to me
Better run, run run, run run to me
Better come

Oh I do believe
In all the things you say
What comes is better that what came before
And you'd better run run, run run to me
Better run, run run, run run to me
Better come, come come, come come to me
You'd better run

I Found A Reason - Cat Power

15.6.07

Sabe... São muitas as histórias inventadas... E às vezes isso torna o mundo realmente fake.
Não falo só do Papai Noel e do Coelhinho da Páscoa...
Falo de Deus e Tiradentes, de vida extraterrestre, do crescimento econômico do Brasil, de amor...
O amor parece tão racionalizado que eu nem sei mais se ele existe ou se a gente só fica fingindo que sente coisas pra usar nossas frases feitas...
Algo assim... bem mecânico mesmo.




start giving me something
A love that is longer than a day

(Rufus Wainwright)

13.6.07

Conversando com a Farinha e a Dane, chegamos à conclusão de que eu ganho o troféu loser-dia-dos-namorados...
Porque a única vez que eu passei com alguém, ele passou o dia sem me ligar, chegou na minha casa já bem tarde, me levou pra comer pizza com o primo e a namorada do primo, depois fomos pra casa desse mesmo primo e ele ficou jogando vídeo-game e nem olhou pra minha cara... me deu o bichinho de pelúcia (odeio clichês) mais barato que ele encontrou, escolhido pela irmã... a foto que eu dei ele virou pra parede, porque disse que tinha medo, e o boné da Levi’s que eu dei (foi caro, tá?), ele não gostou...

Uma semana depois nós terminamos...

Alguém quer tentar ganhar de mim?

=P

11.6.07

Eu adoro viajar de ônibus.
As pessoas podem falar de todas as praticidades de ir de carro, mas ainda prefiro bus...
Gosto de encostar a cabeça no vidro e sentir o rosto tremer, junto com a trepidação do ônibus.
Ficar à janela, vendo todas as árvores passando, como se tivessem movimento, como se se misturassem, como se dessem passagem aos que viajam.
À noite, as estrelas parecem reluzir e brilhar, mostrando as nuvens.
Fora todas as horas de reflexão forçada, ouvindo música.
Ou todas as horas de conversa, viajando com os amigos.

É bom chegar na rodoviária, procurar os conhecidos, observar quem mais vai.
É bom chegar na ladeira e esperar a
Paula entrar.
E todas as conversas e risos e besteiras que a gente leva pra comer.
As fotos de quem dormiu...
Lembrar de quem não foi...
Falar mal dos companheiros de viagem sem educação...

É...
Eu já falei que adoro viajar de ônibus?

6.6.07

ontem eu tava comentando com uma amiga que a gente tá deixando todas as coisas pra resolver depois de Pedro II...
50 trabalhos pra fazer? depois de PII...
uma festa junina pra combinar? depois de PII...
procurar emprego? depois de PII...
postar alguma coisa decente? depois de PII...

=P
então...
até segunda
;)