Sabe, a minha mãe. Ela definitivamente não é uma pessoal feliz hoje em dia. E é dessas infelicidades que consomem tanto a gente, que chegam a confundir... E eu chego a esquecer de uma imagem dela feliz. Eu sei que existiu, é claro. Em algum aniversário meu, ou quando eu nasci, ou quando ela tocava violão e saia com os amigos.
Não se pode dizer que ela não viveu nada... Ela teve romances, morou em outra cidade, fez alguns cursos, ganhou bem, se vestiu de várias formas, pintou várias telas... Até compôs e escreveu um livro de poesias. Esse não parece o histórico de uma pessoa infeliz.
E eu me lembro mesmo... Da gente aqui em casa e todos os meus amigos gostando dela. Lembro da gente indo ao shopping, pra se entupir de fast food. Já fizemos coisas muito divertidas. E eu já cheguei a publicar neste ou no outro blog (não vou procurar agora) que eu tinha a melhor amiga-mãe do mundo. Assim... Com essas palavras. E eu nem sei exatamente em que momento... Mas sei [e bem sei] que isso tudo se perdeu. E hoje é quase o oposto. Pode ser cruel, mas não seria exagero afirmar que ela é o meu maior motivo de infelicidade. Porque eu só me sinto bem quando estou ignorando as coisas que ela me disse ou fez. E só me daria bem com ela de novo se ela mudasse a postura dela. Na vida mesmo. Porque eu sei que todos passamos por dificuldades. E umas são piores que as outras (embora esse seja apenas um ponto de vista), mas... É importante tentar... Tentar ser alguém melhor sempre, por maiores que sejam as dificuldades.
Eu queria muito... Voltar a ter paz dentro de casa.
Home is where the heart is? My heart is not here.
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