28.4.09

sobre ídolos e afins

Quando eu tinha uns 15 anos (talvez um pouco mais), lembro de ter escrito uma carta pro Marcos Mion. Eu ia mandar pra MTV (ele fazia o Piores Clipes do Mundo). Acabei nem mandando... Achei outro dia aqui em casa e rasguei, envergonhada. Na época mandei o que eu queria dizer por email mesmo. Eu acreditava piamente que ia receber uma resposta. Eu achava que meu email tinha sido irreverente e original – que nem ele – e que ele ia perceber isso, se identificar e responder. Com o passar das semanas eu acreditava que chegaria ao menos um email padrão de resposta. Mas nada chegou... O tempo foi passando e eu esqueci. Preferi pensar que ele era mesmo muito ocupado, e que deveria receber milhares de emails por dia. Era até natural que não respondesse...

Foi minha primeira tentativa de aproximação com um ídolo. Frustrada.

Anos depois, li a Teoria Pedestáltica, que me fez acompanhar o Registro Dissonante, blog que leio até hoje. Na época que achei coisalindadedeus uma pessoa conseguir compreender e associar tão bem os sentimentos às músicas. Mandei um email pro autor, elogiando, avisando que o linkaria no meu blog (que não é esse, nem esse. É o primeiro que eu tive e não existe mais). Mais uma vez não obtive resposta.

E dessa maneira assim distante sempre foi minha relação com ídolos. Na verdade nem sei como elas nasciam, mas nunca chegaram a ser idolatrias de fato. Eram só pessoas que eu admirava. E não eram muitos, nem significativos. Tanto que quando eu ia responder aqueles questionários infantis eu sempre ficava sem saber o que colocar... E respondia “Jô Soares” ou “minha mãe” – ele só porque ser a primeira pessoa inteligente que vinha à minha cabeça. E ela só por falta de outro símbolo feminino.

Hoje então... Acho que não tenho nenhum. Tem alguns músicos que eu gostaria muito de conhecer (leia-se: ir ao show). Mas se fosse pra escolher um ídolo, ou melhor, alguém que eu admiro muito, etc., escolheria um tio meu. Ele é um estilo de vida a ser seguido. E sempre responde meus emails.

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